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Reportagem mês da mulher
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© Foto: freepik

Mês da Mulher: é hora de descansar

por Martina Medina

 

Após sentirem na própria pele as consequências da exaustão, incluindo crises de burnout e queda na criatividade, as empreendedoras Maíra Blasi e Thais Fabris produziram a Declaração dos Direitos Descansistas (www.direitosdescansistas.com.br). O documento reúne evidências de que o descanso é fundamental para uma vida saudável, especialmente entre as mulheres.

 

Elas são as que mais sofrem burnout, além de dedicar 73% mais tempo do que os homens às tarefas do cuidado, mostram os dados do manifesto. "Fala-se muito sobre trabalho e metas, mas falar de descanso parece pecado", diz Maíra. Por isso, o primeiro item do documento diz que o descanso é um direito – e não uma recompensa por um suposto merecimento.

 

As mulheres são afetadas pela chamada “jornada infinita”. Ao longo da história, elas conquistaram o direito de votar, espaço nas universidades e no mercado de trabalho, mas seguem como as grandes responsáveis pelas atividades de cuidado. "A casa e os filhos continuaram a ser atividades predominantemente nossas. A conta não fecha", aponta a ginecologista Juliana Ribeiro.

 

A médica explica que essa sobrecarga resulta em menos disposição para se exercitar, escolhas alimentares piores e irregularidade no ciclo menstrual, além de prejudicar a libido, gerando insatisfação nos relacionamentos. A falta de tempo livre também pode colocar as mulheres em um regime de estresse crônico, diz a especialista, facilitando o desenvolvimento de problemas, como ansiedade e depressão, e de doenças crônicas, tais quais hipertensão arterial e diabetes.

 

Mais felizes e livres no uso do seu tempo

 

"É necessário romper com a normalização da mulher que faz tudo, resolve tudo, está sempre perfeita e presente", diz a psicóloga Fernanda Burmeister Pires, especialista em medicina integrativa. O manifesto defende que a tarefa de lutar por descanso não deveria ser mais um item na nossa já gigantesca lista de afazeres. Mas, sim, uma responsabilidade de toda a sociedade – com homens, poder público e iniciativa privada assumindo tarefas de cuidado, além de outras iniciativas para que elas possam ser mais felizes e livres no uso de seu tempo.

 

Nas empresas, por exemplo, as metas devem ser sustentáveis; a jornada de trabalho, reduzida; o trabalho de cuidado, reconhecido; e a licença à paternidade, ampliada. "Empresas que buscam fazer alguma diferença precisam se basear em uma cultura saudável, que compreende e determina que o descanso não é prêmio ou recompensa, mas uma necessidade básica que sustenta a energia e a saúde – e isso irá se refletir na produtividade", explica Fernanda.

 

Nessa sociedade da produtividade (e do cansaço), muitas vezes o tempo livre pode gerar ansiedade e acabar sendo preenchido com mais tarefas. Para nos lembrar sobre as maneiras de descansar no dia a dia, a Declaração dos Direitos Descansistas traz algumas sugestões. Dançar lentamente, tomar um banho relaxante, fechar os olhos por dez minutos, caminhar em meio à natureza e rir intensamente são algumas delas. E você, como pretende descansar hoje? E o que planeja fazer para garantir mais tempo livre para todos no futuro?

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© Foto: Freepik/max4e

Uma terapia para chamar de sua

Já ouviu o ditado “só não gosta de ler quem não encontrou o livro certo”? Com a terapia, não é diferente. Por isso, escolher a abordagem adequada pra você é um passo importante. Com apoio de um profissional qualificado e que se encaixe bem com as suas demandas, você pode expressar ideias e emoções, se conhecer melhor e descobrir ferramentas para ultrapassar com mais leveza os obstáculos da vida.

 

Escolher uma entre as tantas abordagens terapêuticas disponíveis fica mais fácil com uma noção do que são algumas das principais. Que tal começar por aqui?

 

Psicanálise

 

Criada pelo médico Sigmund Freud, usa a técnica da livre associação para estimular a falar “o que vier à cabeça”, sem filtros, de forma a trazer à tona o que estava oculto em seu inconsciente. Também são analisados sonhos, atos falhos e lapsos. Com maior consciência sobre o que está na raiz de seu problema, a pessoa fica mais apta a resolvê-lo.

Terapia Jungiana (ou Psicologia Analítica)

Essa linha, criada por Carl Jung, que foi discípulo de Freud, trabalha com simbolismos e arquétipos, imagens e ideias que todos os seres humanos compartilham através do chamado inconsciente coletivo. A análise dos arquétipos presentes em sonhos, principalmente, é a chave para chegar a problemas reprimidos no inconsciente da pessoa e ajudá-la.

Terapia Cognitivo Comportamental 

Essa abordagem trabalha a influência dos pensamentos no comportamento com a ideia de modificar aqueles que só atrapalham. Depois de reconhecer padrões, o psicólogo auxilia a pessoa a alterá-los por meio de exercícios práticos e de novas possibilidades de pensamentos, capazes de levá-la a lidar de forma mais assertiva com as situações.

Terapia Comportamental 

Conhecida como “behaviorista”, essa corrente tenta eliminar hábitos negativos, desvendando como os comportamentos são influenciados pelo ambiente. O terapeuta trabalha com uma série de estratégias, como os chamados reforços positivos (tudo o que ajuda a repetir um comportamento desejado).

Gestalt Terapia 

Essa corrente entende que todos devem ser não personagens, mas autores da própria história. Assim, o trabalho terapêutico visa a construir a responsabilização da pessoa sobre suas ações. Nesse processo, importam desde suas relações interpessoais e o meio em que vive até seus gestos, tom de voz, postura e o modo como interage com o psicólogo.

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